Inspire-se com a história do analista de marketing que todo mês economiza parte do que ganha para poder viajar o mundo e conquistar a independência financeira.
Aos 27 anos, ele já percorreu 15 países, incluindo Japão e Emirados Árabes Unidos.
Enquanto a maioria das pessoas tem dificuldade para economizar, o analista de marketing paulistano Fábio Nakamura tem um problema oposto: para ele, é impossível passar um mês inteiro sem economizar nada. “Sou muito conservador em relação às finanças.
Comecei a poupar quando tinha uns 9 ou 10 anos”, lembra ele. Enquanto outras crianças nem sabiam o significado da palavra “economizar”, ele se preocupava em guardar cada moedinha para poder comprar o que quisesse mais para frente.
Hábito de economizar desde criança
“Nas datas comemorativas, em vez de presentear com roupas ou brinquedos, meus familiares tinham o hábito de dar pequenas quantias de dinheiro.
Eram valores baixos – R$ 5, R$ 10, R$ 20 – mas eu guardava tudo em um envelope, dentro de uma caixinha no fundo da minha gaveta”. Esse esconderijo da infância durou muitos anos, sem nunca ficar vazio. Fábio se diverte lembrando que sempre checava sua reserva para ver se a quantia estava aumentando. De vez em quando, sacava algumas notas para comprar álbuns de figurinhas, gibis e brinquedos. A educação financeira infantil foi muito importante nessa fase da vida de Fabio.
Na adolescência, a partir dos 13 anos, decidiu ampliar os rendimentos e bateu na porta da empresa de seu tio e na loja de sua mãe para oferecer ajuda. “Eu passava os meses de férias escolares trabalhando para eles, organizando arquivos, fazendo tarefas do escritório e atendendo clientes. Em troca, me pagavam um valor simbólico. Essa foi uma forma de juntar um pouquinho mais”, conta.
Universidade pública e economia na moradia
O tempo passou, o colegial terminou e Fábio estabeleceu o objetivo de passar em uma faculdade pública, gratuita, para ter uma boa formação sem precisar mexer em suas economias.
E deu certo: em 2010, após um ano de muito estudo, foi aprovado e iniciou a graduação. Morava na cidade de São Bernardo do Campo e estudava no extremo de São Paulo, mas decidiu não se mudar de casa para poder economizar.
Por quatro anos, acordou muito cedo, dormiu muito tarde, enfrentou várias horas diárias de deslocamento e encarou o transporte público para estudar. Sempre com o envelope secreto engordando na gaveta.
Foi assim que, no final de 2011, ele percebeu que havia acumulado uma quantia razoável, o suficiente para realizar um intercâmbio durante as férias da faculdade. Não pensou duas vezes e embarcou para o sonho ao lado da namorada.
Viveu por quase quatro meses nas montanhas nevadas do Colorado (Estados Unidos) e foi lá que teve a certeza: queria viajar sempre. Estava surgindo uma grande vontade de conhecer o mundo. Mas ele sabia que, para isso, era preciso mais dinheiro e planejamento.
“Economizo 60% do meu salário”
Em 2012, quando conseguiu um estágio em sua área, o poupador enfim compreendeu que era hora de abrir sua primeira conta bancária, onde iria colocar as economias e seria depositado o primeiro salário.
“Eu demorei para fazer isso. Acredito que, hoje, eu estaria muito melhor financeiramente se, no passado, eu tivesse mais orientação e soubesse sobre investimentos. Eu contava na ponta do lápis todo o dinheiro que eu tinha, mas sei que ele ficou muito tempo parado na gaveta”, pondera.
Por outro lado, o hábito de guardar um valor todo mês só se fortaleceu com o passar dos anos. Fábio relata que mantém uma meta de poupar 60% do salário. Sim, você leu certo: ele só usa 40% do que ganha. Como isso é possível? A resposta é simples: cortando gastos desnecessários e utilizando o dinheiro racionalmente.
“Eu sabia que não podia gastar tudo o que eu recebia. Então, sempre tentei manter o meu padrão de vida em um nível abaixo do cargo que eu ocupava. Por exemplo: quando eu era estagiário, vivia como um estudante, quando virei analista júnior, vivia com um estagiário e assim por diante”, revela. Tudo isso com um objetivo maior: nunca ficar no vermelho e poder realizar seus sonhos no longo prazo.
Leitura e informação sobre investimentos
Ao mesmo tempo em que controlava os gastos, ele começou a se informar e estudar mais sobre o assunto por conta própria. Pesquisou investimentos, leu livros sobre finanças pessoais e frequentou cursos.
“O livro Pai Rico, Pai Pobre me ensinou muito. Foi lá que vi, pela primeira vez, a expressão ‘fazer o dinheiro trabalhar para mim’ e fiquei interessado em saber mais. Isso é investir”, afirma.
Agora, graças a todo esse planejamento e aos investimentos feitos, Fábio tem na bagagem viagens inesquecíveis por vários países, exatamente como sonhava: Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Peru, Espanha, Inglaterra, Itália, Portugal, Holanda, Alemanha, Japão, Emirados Árabes Unidos… E a lista continua crescendo.
“Eu resolvi escolher o caminho da economia por conta de algumas questões financeiras que eu via em minha casa. Sempre pensei que queria ir por outro lado”, revela Fábio. “Eu não me arrependo por sempre ter poupado bastante. Pelo contrário: tenho muito claro o que gosto e o que não gosto de fazer. Sei onde vale a pena gastar o meu dinheiro.
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Para isso, eu precisei abdicar de ter um carro. Nunca sonhei em comprar um e não me importava de percorrer longas distâncias todos os dias com o transporte de público”. Escolhas, persistência, foco, disciplina. Todos esses ingredientes juntos criam o cenário ideal para uma vida financeira saudável e feliz.
Nem sempre é fácil abrir mão de alguns hábitos de consumo, mas quem chegou lá diz que o esforço é recompensador. “Vale muito a pena. Se logo no início da minha vida profissional eu tivesse comprado um carro ou gastasse tudo o que ganhava, eu não realizaria o meu verdadeiro sonho, que é viajar pelo mundo.
Abdiquei de algumas coisas para alcançar outras, que eram mais importantes para mim”, diz Fábio. A meta agora, além de continuar visitando um país novo a cada temporada de férias do trabalho, é conseguir independência financeira para não precisar se preocupar com dinheiro no futuro. Um sonho de cada vez.
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