A prática consiste em repensar o consumismo e, como consequência, gastar menos. Assim, você pode começar economizar dinheiro!
Anúncios, anúncios e mais anúncios. Basta uma rápida olhadinha na internet ou nas redes sociais e lá estão eles, pedindo curtidas e tentando te convencer a comprar algo.
Em tempos digitais, querendo ou não, estamos o tempo todo expostos a propagandas. O que não falta é incentivo para comprar alguma coisa que, provavelmente, é dispensável.
Um movimento contrário, porém, vem ganhando cada vez mais força ao redor do mundo. O lowsumerism (união das palavras “low”, que significa baixo, em inglês, e “consumerism”, que significa consumismo) consiste em repensar o hábito de comprar e atribuir ao ato de gastar dinheiro um novo significado.
Apesar de não ser necessariamente um modo de economizar dinheiro e, sim, um novo jeito de se comportar no mundo, a adoção do lowsumerism pode, como consequência, fazer sua conta ficar no azul. A consultora Fernanda Franco Cannalonga defende o movimento e explica alguns pontos.
O que é lowsumerism?
É uma manifestação de um grupo de pessoas que estão cansadas do consumo excessivo, seja pelo impacto ambiental, por se sentirem presas na lógica do consumismo ou por buscarem um propósito na vida.
“O movimento surgiu de forma espontânea, a partir de gente que sentiu uma necessidade de reduzir o consumo. Não dá para adotar essa prática forçadamente. Aos poucos, passamos a construir uma forma de consumir mais autêntica e menos dependente”, diz.
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Por onde começar?
Uma vez que o desejo de mudar os hábitos de consumo tenha surgido, é preciso conhecê-los e entendê-los. “Fazemos muitas compras no automático e não reparamos no que nos leva a consumir, no que nos estimula a querer tudo aquilo. Ao partir para a ação, sugiro dois passos: prestar muita atenção na própria rotina e ficar atento às inspirações de quem já vem praticando o lowsumerism”, explica. O melhor é que sejam passos pequenos, para que a mudança passe a fazer sentido.
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Não se trata apenas de parar de comprar
Comprar faz parte da vida e sempre será assim. A mudança está em escolher melhor o que se compra. A especialista dá algumas dicas:
- Planejar a compra – Não adquira coisas por impulso e, diante de uma tentação, espere a vontade passar. Se passar, parabéns: uma compra a menos. Caso não passe, você talvez realmente precise daquele item.
- Comprar de acordo com seus valores éticos – Na decisão de comprar algo, procure saber se a empresa respeita seus trabalhadores, se segue práticas que pensam no planeta, como se comunica com os clientes, enfim, como atua na sociedade.
- Perguntar a si mesmo: eu REALMENTE preciso disso? – Não há outra forma de conseguir esse item? Posso comprar um usado? Posso pedir emprestado a algum amigo ou familiar?
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Dá para poupar sem passar vontade
Segundo Fernanda, sim. Um presente não precisa custar dinheiro. “Você pode presentear doando seu tempo aos seus amigos ou um passeio no parque, um belo prato feito em casa com ingredientes não processados. Exercite uma nova forma de pensar”, diz.
A consultora lembra também que é importante fazer um recorte social. “Há uma classe menos favorecida na nossa sociedade que já adota essas práticas para economizar, e não porque é ‘cool’ ou porque ganhou um nome em inglês”, conta. Para quem está com o guarda-roupas cheio ou com o cartão de crédito no limite, esses hábitos podem fazer você economizar de dinheiro.
Cuidar do que se tem, escolher objetos duráveis e olhar para velhos objetos de uma outra forma são fundamentais para consumir menos. “Lowsumerism não é sobre se isolar em uma ilha deserta. Temos as mesmas necessidades, só escolhemos olhar para elas de outra forma”, explica Fernanda.
O que achou desse novo modo de se comportar em relação ao dinheiro? Deixe nos comentários a sua opinião e aproveite para conhecer os planos de previdência privada da Ciclic!