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Comer saudável + economizar: qual é a relação entre esses dois objetivos?

Um prato saudável e um bolso cheio podem ser os grandes aliados da casa

Comer saudável é, muitas vezes, uma atividade inconstante na vida de cada um. Comemos bem por um determinado período de tempo, em busca de um resultado específico. Quando atingido, fechamos os olhos para as porções menores, ignoramos os alimentos ricos em vitaminas ou de baixo valor calórico e voltamos para a estaca zero.

É comum que o mesmo comportamento se aplique às economias: após comprar um objeto desejado ou quitar uma dívida antiga, voltamos a gastar demais e poupar de menos.

Mas não precisa ser assim. Alimentação saudável e economia de dinheiro podem andar de mãos dadas e, inclusive, um costume pode ajudar o outro! Segundo a nutricionista Thália de Paula, do blog Corpo Ativo, alimentação saudável não precisa ser necessariamente cara. “Isso é um mito! Os custos de preparar seu próprio alimentos dependem de organização, redução de desperdício, otimização de compras e ter prática de cozinha”, afirma.

Cuidado com as modinhas

A primeira dica de Thália é não se deixar levar pelas modas da indústria da alimentação saudável que, de tempos em tempos, elege certos alimentos como os grandes salvadores da saúde. Ela leva muita vantagem com isso, mas e você?

O sal do Himalaia e as goji berries são excelentes exemplos. O primeiro, teoricamente, viria da cadeia montanhosa mais alta do mundo, uma região da Ásia que fica a quase 16 mil quilômetros do Brasil. Não é fácil para esse alimento chegar ao prato de um brasileiro – e isso não sai de graça.

O custo do transporte e a poluição que essa viagem produz entram na conta. “Há provas científicas de que não há nenhum benefício à saúde ao consumir sal do Himalaia. Ele pode ser facilmente substituído pelo sal marinho, amplamente explorado no Rio Grande do Norte”, explica Thália.

O goji berry, outra mania vinda da Ásia, é uma fruta rica em vitamina C e outros antioxidantes. Mas as equivalentes nacionais podem ser opções ainda melhores: “Acerola, pitanga, açaí e morango são frutas cuja produção no Brasil é vastíssima e são consumidas frescas, ao contrário do goji berry, a que temos acesso apenas na versão desidratada”, diz.

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Aproveite a variedade brasileira

A propósito, morar neste país tropical ajuda, e muito, na missão de comer saudável e ainda sair barato. Temos ao nosso alcance uma enorme variedade de frutas, legumes e verduras durante o ano todo, é só saber procurar.

“Frequentar feiras livres, negociar o preço, chegar na hora da xepa e consumir frutas da estação – que são mais baratas, mais saborosas e com muito menos veneno – são as melhores sugestões para quem quer economizar”, indica a nutricionista. Além disso, organizar as compras e comer em casa são atitudes que também fazem toda diferença no fim do mês.

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Congele

Thália também lembra que reduzir o desperdício e congelar o excedente pode ser uma mão na roda. “Quase tudo pode ser congelado!”, conta. “O resfriamento praticamente não altera o valor nutricional da maioria dos alimentos e, se feito adequadamente, é um grande aliado de quem deseja se alimentar bem”.

Sabe aquela abóbora delícia que sobrou durante a preparação do almoço do domingo? Que tal guardá-la para complementar a janta da sexta-feira?

Se estiver mesmo pensando em congelar alimentos, lembre-se: é mais econômico cozinhar em porções maiores, fracionar e descongelar ao longo da semana. “Assim, economizamos tempo, gás, energia e água”, afirma Thália.

Além disso, ter comida pré-preparada economiza no delivery. “Depois de um dia cansativo no trabalho, é provável que a pessoa recorra ao aplicativo de comida do que à preparação de uma refeição”, aponta a nutricionista. Se o alimento estiver a alguns cliques do micro-ondas de distância do prato, o cartão de crédito nem precisará sair da carteira.

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Não se deixe levar pelo mais fácil

Há ainda um pequeno vilão preguiçoso e discreto que age nas contas de quem quer matar a fome rápido: os alimentos ultraprocessados.

Segundo Thália, um pacotinho de macarrão instantâneo tem um preço médio de R$1,30 (85g). Já um quilo de macarrão tipo spaghetti grano duro, de uma marca considerada muito boa, custa em média R$12. “A sensação de praticidade ao consumir um alimento que fica pronto em três minutos não compensa nem pelo custo e muito menos pela qualidade”, diz.

Um quilo de salgadinho de milho sai, em média, R$43 o quilo – o dobro do preço do quilo da carne tipo patinho, em algumas cidades do Brasil! “É importante se atentar ao preço dos produtos por quilo ou litro. Quando comparamos estes valores, é possível olhar os alimentos sob outra perspectiva”, conta a nutricionista.

O que achou das nossas dicas? Vai mudar o seu estilo de vida? Conte para nós nos comentários e aproveite para conhecer os planos de previdência privada da Ciclic!