Escolher pela previdência privada como forma de investimento é uma ótima opção, mas geralmente fica aquela dúvida: PGBL ou VGBL?
São muitas as vantagens de se ter uma previdência privada, também conhecida como previdência complementar. Assim, será possível ter um futuro mais confortável e com uma renda melhor sem depender exclusivamente da previdência social.
Não é complicado optar por esse tipo de previdência atualmente, ainda mais com o grande volume de informações disponíveis na internet hoje em dia. Porém, um dos principais pontos a se considerar são os tributos que incidem sobre a previdência complementar.
Existem duas opções de produtos para investimento na previdência complementar, que são o PGBL e o VGBL. Você sabe quais são as diferenças entre eles? Se não, é só continuar lendo o texto, pois assim poderá escolher aquele que for mais vantajoso para você.
PGBL e VGBL
Antes de entrarmos no mérito de quais são as diferenças, é interessante explicar o que querem dizer esses conceitos. PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre, enquanto o VGBL significa Vida Gerador de Benefício Livre.
Existem algumas diferenças entre esses dois produtos, mas a principal delas é em relação à tributação que incide sobre eles. A escolha do produto errado pode fazer com que a tributação tire uma parte maior do seu rendimento, por isso, todo o cuidado é pouco.
Características do PGBL
Esse produto é o mais recomendado para as pessoas que fazem a declaração anual completa do Imposto de Renda (IR), já que é possível isentar 12% de toda a renda bruta da base de cálculo dos impostos. Isso pode representar uma ótima economia.
Por exemplo, se uma pessoa tem renda mensal de R$ 11.500 e investe R$ 1.380 (12%) na previdência complementar, então, apenas os R$ 10.120 restantes entrarão para a base de cálculo dos impostos. Consequentemente, o valor do Imposto de Renda a ser pago será menor.
Por consequência, como o valor do imposto será menor, será possível investir ainda mais. Logo, além da economia, ainda é possível aplicar esse valor para que ele renda.
Já na hora do resgate, o valor de base para tributação será o valor total que existe no fundo de previdência PGBL. Porém, a vantagem se encontra justamente na hora de aplicar, já que é possível economizar 12% da renda bruta e aplicar a vantagem fiscal em outros investimentos.
Características do VGBL
Por sua vez, o VGBL é um produto mais indicado para as pessoas que optam pela declaração simplificada do Imposto de Renda, já que apresenta um desconto de 20%, que é bem maior do que os 12% que o PGBL oferece como um benefício.
Outra vantagem que esse produto oferece é que, na hora do resgate, o valor que é utilizado para o cálculo do imposto não é o total da previdência, e sim apenas o rendimento apresentado por ela.
Logo, por exemplo, se o investimento total foi de R$ 3.000 e, depois de 1 ano, ele tiver se transformado em R$ 3.420, o imposto será calculado sobre os R$ 420, o que já apresenta uma retenção bem menor.
Tabela Progressiva ou Regressiva?
Ainda não. Existe um ponto importante que ainda precisa ser abordado, já que por enquanto nós falamos com mais detalhes apenas sobre a incidência de tributos na aplicação do valor. Mas e na hora do resgate?
Pois bem, é muito importante saber sobre isso também. Há duas alternativas disponíveis para escolha, que são a tabela progressiva compensável e a tabela regressiva definitiva, escolha essa que deve ser feita logo no momento de optar pelo plano de previdência e não pode ser modificada futuramente.
A primeira delas recebe a denominação de progressiva justamente porque o valor dos juros aumenta conforme o valor aplicado na previdência. Por exemplo, até R$ 1.903,98, o resgate é isento da incidência de impostos, ao passo que resgates com um valor maior de R$ 4.664,68 já recebem uma dedução de 27,5%.
No caso do PGBL, por exemplo, além do desconto de 12%, se o dono da previdência resgatar um valor menor do que R$ 1.903,98, não terá que pagar nenhum imposto por esse resgate.
É importante lembrar que as alíquotas de juros da tabela progressiva compensável têm seu valor dobrado quando o dono da previdência ultrapassa os 65 anos de idade. Portanto, quem optar por tal tabela deve tentar fazer o resgate antes de atingir essa idade.
Já a tabela regressiva definitiva também deixa clara sua funcionalidade no nome: a alíquota de juros regride com o passar do tempo, independentemente de qual seja o valor investido. Se o resgate do valor for feito em até 2 anos, a alíquota será de 35%, enquanto deixar o valor na previdência por 10 anos ou mais já resultará em juros menores, de 10%.
Por isso, a tabela regressiva definitiva é, normalmente, a melhor opção para investir a longo prazo, além do fato de entrar no cálculo tributário apenas o rendimento da aplicação.
Depois de conhecer todas essas informações a respeito do PGBL e do VGBL, será muito mais fácil escolher o produto que melhor atenda às suas necessidades e resulte em lucros maiores para o seu plano de previdência privada!