Tabu está relacionado à falta de conhecimento e informação sobre o assunto. Veja como virar o jogo e não ter medo de falar sobre as finanças!
Dinheiro. Todo mundo precisa dele para viver e alcançar objetivos, mas nem todos se sentem confortáveis para tocar no assunto em uma roda de amigos ou mesmo com a própria família. Por que será que isso acontece?
Pesquisas indicam que as questões financeiras assombram os brasileiros desde muito cedo. Foi isso o que apontou um levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No Brasil, segundo a instituição, 53% dos estudantes de 15 anos não dominam os mais básicos conhecimentos sobre o assunto, como a compreensão de uma simples fatura ou a comparação de preços para tomar uma decisão de compra.
De acordo com a OCDE, essa falta de conhecimento impacta diretamente – e de maneira muito negativa – a forma como a população lida com o dinheiro no dia a dia. Ou seja, quando há falta de informação e educação financeira, as pessoas ficam mais vulneráveis a viverem endividadas, sem conseguir poupar para imprevistos ou para o futuro.
Em novembro de 2017 foram registrados cerca de 61 milhões de brasileiros endividados, o que representa quase um terço da população. Segundo a Serasa Experian, autora da pesquisa, esse é um nível recorde: trata-se do maior contingente já registrado no país. Em outras palavras, o Brasil nunca teve tantas pessoas com as contas em atraso. Como consequência, há pouca gente que consegue poupar.
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Um estudo do Banco Mundial, por exemplo, mostrou que apenas 4% da população guarda alguma quantia para a aposentadoria. Diante desse cenário, fica fácil entender por que as finanças pessoais não figuram entre os temas preferidos das pessoas.
Para muitas famílias, a falta de dinheiro está ligada a sentimentos negativos, como sofrimento, angústia e impotência, o que pode, inclusive, afetar a saúde. “Geralmente, transtornos ansiosos e de depressão têm sua origem na preocupação com o status financeiro”, explica a psicóloga Ellen Moraes Senra, especialista em terapia cognitivo comportamental. Como tudo isso gera incômodo, boa parte das pessoas prefere não tocar no assunto.
Por outro lado, não é apenas a falta de dinheiro que inibe as conversas e a troca de informação sobre o tema. Há quem se esforce, poupe e consiga guardar uma quantia razoável – mas então surge a insegurança sobre o que fazer com o dinheiro, que costuma vir acompanhada da vergonha de não saber onde investir.
Vamos falar sobre finanças pessoais?
As finanças pessoais não precisam ser um pesadelo. Com organização e planejamento é possível virar o jogo, ficar no azul, fazer o dinheiro render e sonhar com o futuro. Para isso, é preciso encarar a situação de frente e falar sobre o assunto com a família. Uma conversa franca e aberta é sempre a melhor escolha.
Seu parceiro e seus filhos precisam estar cientes da condição econômica do lar: quanto dinheiro há disponível por mês, quanto é possível gastar e o que será preciso cortar. Ao colocar um objetivo a ser alcançado em conjunto, todos podem sonhar juntos e dar força uns aos outros.
“É preciso mudar a mentalidade sobre finanças pessoais. Quando formamos uma família, o dinheiro passa a não ser mais ‘meu’ ou ‘dele’. Se faltar para as despesas básicas, todas as partes irão sofrer”, explica a psicóloga Ellen Moraes Senra.
Consumo em excesso contribui para acúmulo de dívidas
A profissional também lembra que há quem use o consumismo como fuga emocional, daí surgem as compras compulsivas, fazendo com que a pessoa fique cada vez mais endividada. “Nesse ponto, já se nota um transtorno que necessita de tratamento psicológico, comportamental e, também, de educação financeira”, afirma ela.
Então, você já sabe: faça as contas, planeje os gastos, corte custos desnecessários e, acima de tudo, converse sempre com a sua família para que, juntos, vocês possam conquistar o que sempre desejaram.
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