Mudanças na Legislação Trabalhista abrem uma série de possibilidades e dúvidas na cabeça dos trabalhadores brasileiros; saiba quais são os pontos positivos e negativos de cada uma delas
A recente Reforma Trabalhista acirrou os debates com relação à forma de contratação de trabalhadores. Afinal, vale a pena continuar apostando em um emprego regular com carteira assinada ou se transformar em pessoa jurídica é o melhor caminho?
A resposta para esse pergunta é: depende. Ambas as alternativas têm os seus pontos positivos e negativos e descobrir qual delas é a melhor opção para você vai depender de uma série de fatores, que vão desde a área escolhida até o seu perfil profissional.
Em outras palavras, é preciso fazer uma análise das circunstâncias que permeiam a sua carreira e entender onde há maiores perspectivas de crescimento. O medo e a insegurança são sentimentos normais nessas horas, mas não há o que temer: é preciso colocar as opções no papel e listar o que cada uma delas tem a nos dizer.
As vantagens da CLT
Há muitas vantagens em ser contratado por uma empresa pelo regime de CLT. As principais são, sem dúvida, os benefícios. O empregado com carteira de trabalho assinada tem direito a um décimo-terceiro salário, férias de 30 dias a cada 12 meses e FGTS.
Ou seja, nesse caso os empregados têm uma segurança maior. No entanto, não é segredo para ninguém que a alta carga tributária do país acaba recaindo sobre os trabalhadores e as empresas. Ao pagar um salário de R$ 3 mil para um funcionário, a empresa vai desembolsar pelo menos mais R$ 2 mil com impostos.
Por essa razão surgem as desvantagens. O número de vagas abertas em empresas sob o regime CLT está em tendência de queda e o salário líquido, nesse caso, costuma ser menor. Além disso, a flexibilidade é menor: horários rígidos e trabalho presencial ainda são a regra.
No entanto, essa ainda parece ser uma alternativa mais interessante para quem está começando a carreira e precisa adquirir experiência para trabalhar por conta própria no futuro.
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As vantagens de ser PJ
Da mesma forma, há vantagens para quem escolhe o caminho de ser pessoa jurídica – ou PJs como são mais popularmente conhecidos. Nesse caso, os descontos sobre o valor acordado costumam ser muito menores – o que resulta em um “salário” mensal maior.
Além disso, outros benefícios incluem a flexibilidade de horários e a possibilidade de trabalhar à distância. Contudo, esse é um método que requer uma organização mais rígida ou, caso contrário, o trabalhador acaba se perdendo em meio aos seus afazeres.
Por organização, entenda o seguinte: a partir de agora você terá uma empresa e terá que prestar contas dela todos os anos. Isso significa que é preciso estar preparado para os descontos do Imposto de Renda, que uma vez por ano virão cobrar a sua parcela.
Existe ainda a possibilidade de prestar serviço para mais de uma empresa de forma simultânea, mas você fica com o ônus das obrigações assumidas. Você não terá mais direito aos 30 dias de férias e ao décimo-terceiro salário, a menos que se organize de tal forma a encontrar espaço na sua agenda.
Coloque ainda na conta que talvez parte do equipamento necessário para o trabalho fique sob a sua responsabilidade – como um notebook, licenças de software, mobiliário, entre outros.
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E com relação a aposentadoria, como fica?
O mundo está revendo as formas da relação trabalhista entre patrões e empregados, assim como a previdência pública permanece sendo uma incógnita para o futuro.
A maneira como ela funciona hoje já se provou ser insustentável em longo prazo, o que significa que em algum momento as regras do jogo vão mudar – e não quer dizer que elas vão mudar para melhor.
É por essa razão que os planos de previdência privada vêm ganhando espaço. Hoje, mesmo aqueles que estão empregados sob o regime CLT e têm uma aposentadoria “garantida”, digamos assim, preferem apostar na confiabilidade de um plano de previdência complementar.
Já para o caso daqueles que querem se tornar pessoa jurídica, a importância é ainda maior, pois deixa de existir aquela possibilidade de se aposentar com um salário mais alto – a menos que sua contribuição mensal seja também maior.
Sem as garantias tradicionais de que você receberá um salário mais alto quando chegar a hora de descansar, seus planos podem ficar mais complicados. Imagine, por exemplo, chegar aos 60 anos e descobrir que a sua aposentadoria não será suficiente e você terá que continuar trabalhando?
Por isso, o conselho nesse caso é um só: independentemente do lado que você esteja, garantia mesmo de uma aposentadoria mais tranquila você só terá com um plano de previdência privada.
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Planos flexíveis e acessíveis para todos
São muitas as vantagens oferecidas pelos planos de previdência privada. Elas vão desde o fato de que as regras são claras desde o início e não vão mudar em momento algum até a possibilidade de poupar de acordo com a sua disponibilidade.
Por exemplo, se você tiver R$ 10 disponível já é possível economizar para o seu futuro. Além disso, há diversas modalidades de planos para você escolher, o que pode tornar as coisas mais adaptáveis à sua realidade.
É por essa razão que é importante conversar com um consultor da Ciclic. Ele fará uma análise do seu perfil de investidor e quais são as suas perspectivas para o futuro antes de indicar qual das alternativas é o melhor negócio para você.